A INFORMALIDADE NO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL É UMA VERGONHA .

05/02/2016 10:33

 A informalidade no setor de construção é uma vergonha!

 

 

E preciso acabar com essa vergonha nacional.

È assunto frequente em todas as medias, o deficit habitacional, a falta de qualidade das construções, o desperdício; compara se valores de produção com o de outras culturas, diz se de tudo menos sobre os milhares de trabalhadores que nela militam, a imensa maioria na informalidade.

Os sucessivos governos servem se do setor como pronto socorro social nas épocas de crise, injetando recursos de emergência que atraem mão de obra excluída de 0outros seguimentos da produção; esses recursos não beneficiam aos trabalhadores , e muito pelo contrario em termos institucionais prejudica ao setor. As empresas que são beneficiadas por esses aportes financeiros na imensa maioria terceirizam e essas terceirizadas contratam mão de obra de outros segmentos da produção (as vezes de modo informal) quase sempre achatando salários pagando por produção num drible espetacular às leis do trabalho que nem MESSI ou NEYMAR o fazem.
 

Os informais na construção civil formam uma legião imensa,trabalham ,excluídos de todo e qualquer beneficio social, são quase que exclusivos nas cidades de menor porte e em grande numero também nas grandes metrópoles, são como uma chaga que o estado convenientemente esconde.

A iniciativa privada, o empreendedor eventual, o subempreiteiro não estão nessa sozinhos, acobertados sob a manta escura da terceirização não é raro encontrá-los trabalhando em obras publicas de grande porte.

O homem da construção, na emblemática figura do "Pedreiro sofre um publico assedio moral, arca com o ônus por tudo oque é negativo no setor como se fosse ele o unico componente do sistema.

O informal da construção dificilmente aposenta , conclui o final de carreira como biscateiro, vendedor ambulante ou termina a vida não raro em albergues ou asilo.

 

Com o advento da NR18, as condições de trabalho para os formais realmente melhorou, antes alojados sem nenhuma dignidade, mas o custo dessa norma incentivou a terceirização e ela aumentou.

Condições adequadas de trabalho existem mas estão circunscritas canteiros de grandes corporações, obras publicas, e existem apenas para a execução de frações , ( com raras exceções) o grosso da obra quase sempre é feito por terceirizadas que não oferecem uma qualidade de emprego semelhante às contratantes e não raro tem em seu quadro informais a regime de produção.

A imensa maioria do que se produz na construção civil se o faz à custa de sacrifícios físicos e financeiros de quem trabalha nelas.

 

Em geral, o informal é contratado por sub empreiteiros de terceirizadas,recebem valores conforme a produção sem salario fixo , usa suas próprias ferramentas e as vezes subcontrata ajudantes por sua conta e risco; há uma premente necessidade solucionar essa vergonha nacional .

Nas épocas mais remotas, é compreensível o sacrifício, fizeram no, os bandeirantes, depois os colonizadores, numa época mais recente o trabalhador de obra, que erigiu nossas grandes metrópoles, nossos monumentos, nossas rodovias !
È hora de se igualar em condições à dos demais seguimentos, e mais que isso é necessário ungi-lo com a merecida dignidade profissional, regulamentando a profissão e respeitando ao setor como instituição.

È passada a hora de parar usar o setor da construção como incubadora de mão de obra ,em detrimento dos interesses dos trabalhadores do setor excluindo e desvalorizando a massa de trabalhadores que dela fez sua vocação.

Credito da fotografia é do autor.

 

Ivan Sebastião lopes

Sobre o autor:

A.E [Tecnico de Edificaçoes, Mestre qualificado, experiencia nacional e internacional, A.E Técnico de Edificações, mestre qualificado, autor de livros e projetos didáticos para qualificação de mão de obras de construção, com experiência nacional e internacional autor do blog “ O homem da Construção”